Sem
titubeações ante uma jorrada de perguntas constrangedoras, o
presidenciável e ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos afirmou em
entrevista ao Jornal Nacional nesta terça-feira (11) que Marina Silva
(PSB) não tem nada contra o agronegócio, quando perguntado sobre
pensamentos divergentes entre o PSB e a Rede Sustentabilidade. “Marina
não tem nada contra o agronegócio ou o desenvolvimento econômico. Temos
que ter desenvolvimento com o meio ambiente e inclusão [...]. Hoje o
mundo pode conciliar e colocar em uma equação só”, respondeu o
candidato. Ainda sobre Marina Silva, postulante a vice-presidente da sua
chapa, Campos disse que ambos farão um programa baseado em visões, não
em opiniões pessoais. Além disso, afirmou que já defendeu as posições
ambientais da ex-ministra. Quando questionado se ele considera nepotismo
a indicação de sua mãe Ana Arraes a um cargo de ministra do Tribunal de
Contas da União (TCU), o postulante negou e, posteriormente, declarou
que a indicação e votação de seu nome foram feitas pela Assembleia
Legislativa de Pernambuco (AL-PE), não tendo intervenção na decisão do
pleito. O mesmo discurso foi pontuado em resposta às acusações de
nepotismo relacionado à indicação do seu próprio primo e primo de sua
esposa para cargos públicos em Pernambuco. Emendou, com isso, a defesa
por uma reforma constitucional para mudar cargos vitalícios de maneira
“a oxigenar os tribunais e tornar o processo de escolha mais impessoal”.
Campos também fez duras críticas ao governo e elencou o descontrole da
inflação, aumento da violência, e desorganização nas regras dos
indicadores econômicos como problemas da gestão da também candidata
Dilma Rousseff. “Foi o único governo que vai deixar o Brasil pior do que
já recebeu. Oferecemos um caminho para que o país volte a crescer”,
afirmou o ex-governador pernambucano.