O caos na saúde, a queda da qualidade do
ensino médio, o descalabro das finanças públicas e, principalmente, o
assassinato de 37 mil baianos foram motivos alegados pelo candidato a
governador, Paulo Souto, para dispensar o conselho do adversário
petista. "Quem tem que pedir desculpa ao povo baiano é ele que é o
candidato do governador que deixou a nossa Bahia nesta deplorável
situação", afirmou o representante da coligação "Unidos pela Bahia", em
entrevista ao programa QVP, da TV Aratu, no final da manhã desta
quarta-feira (30).
Ao comparar a média anual de homicídios
de sua gestão (2003/2006) com a de Jaques Wagner (2007/2013), Paulo
Souto informou que, no período petista, houve um aumento de 96%. "No meu
tempo, a média anual era de 2,6 mil assassinatos e, depois do PT, subiu
para 5,6 mil assassinatos. Basta perguntar a qualquer pessoa se hoje
elas se sentem mais seguras de quando eu estava à frente do governo”. De
acordo com Souto, para iniciar um trabalho efetivo de redução da
violência, é preciso reconquistar a relação de confiança entre o governo
e a polícia. “Medidas operacionais também devem ser tomadas, como
melhorar a distribuição territorial dos policiais, levando em
consideração o mapa criminal de cada localidade, além de criar um quadro
civil dentro da PM”.
No programa, Souto destacou também a
necessidade de melhorar a educação no estado, criando mecanismos que
garantam maior qualidade ao ensino público. “A Bahia caiu na última
avaliação do Ideb”, informou, lembrando a importância de avaliar a
possibilidade de criar um plano de carreira para os professores. “Mais
do que as pesquisas eleitorais, são nos contatos que venho mantendo com a
população, seja no interior ou na capital, que constato ser o PT é um
produto de validade vencida na Bahia".
Paulo Souto ainda defendeu as
iniciativas inovadoras implantadas em seu governo, como o SAC e o
programa de responsabilidade com a gestão das contas estaduais. “Hoje, a
situação é extremamente difícil nesse aspecto. O quadro atual é de
descalabro financeiro por causa do comportamento perdulário assumido
pelo governo nos últimos anos”, criticou o candidato democrata,
que participa de encontro com o Grupo de Líderes Empresariais (LIDE
Bahia), no Hotel Mercure, na noite desta quarta-feira (30).