segunda-feira, 30 de junho de 2014


Segundo o Jornal Ação Popular agricultores  que ocupam a área da Fazenda Mariad em Juazeiro foram surpreendidos quinta-feira (26) com a  notícia de que a área teria sido arrematada por R$ 2 milhões sem o conhecimento da divulgação de edital ou comunicado oficial aos ocupantes da área.  Segundo informações levantadas pela reportagem do AP, as duas áreas da fazenda foram arrematadas por R$ 2,5 milhões.

“Hoje dois terrenos no bairro Country Clube custa este valor, como é que uma área altamente privilegiada é arrematada por estes valore e que ainda o proprietário já tem em caixa mais R$ 2 milhões para indenizar nós agricultores que estamos no local há mais de cinco anos legalmente. Algo de estranho está acontecendo”, questiona um dos ocupantes.

Outro fato que surpreendeu os agricultores foi a chegada de segurança ao local. “Fato estranho, como se nós estivéssemos aqui irregularmente. Como é que a pessoa está trabalhando na terra e chega seguranças para intimidar?”, questiona outro agricultor. “Deve ter algum político peixe grande por traz desse esquema, deve ser aquele mesmo político guloso de sempre que vem sendo sócio de todos os loteamentos em Juazeiro. Está mais do que na hora da Câmara de Juazeiro criar uma CPI ou o Ministério Público Federal tomar as rédeas porque o fato é grave”, questiona outro. A área fica no Tourão, ela está dividida em dois blocos que cortam a BA 210.

As pessoas não quiseram divulgar os nomes temendo represálias.

O fato

Do Vale do São Francisco direto para a Europa. Essa era a rota utilizada pela quadrilha do empresário colombiano Gustavo Duran Bautista detido em agosto de 2007 com 485 quilos de cocaína no Uruguai para traficar drogas. Uma operação deflagrada pela Polícia Federal resultou na prisão de nove pessoas acusadas de participação no grupo, entre elas a ex-mulher de Bautista, a empresária paranaense Adriana Aparecida Rodrigues, 33 anos, detida em Pernambuco.

De acordo com a PF, a droga saía da Colômbia e ia para a Bolívia de avião. Posteriormente, ela vinha para o Brasil ou para outro país da América do Sul e depois seguia para a Europa. A cocaína era transportada de avião ou de navio, escondida em caixas de frutas do Vale do São Francisco.

Para isso, utilizavam o porto de Pecém, no Ceará, e uma pista de pouso localizada na Fazenda Mariad, em Juazeiro (BA), de propriedade de Bautista, considerado o braço direito do megatraficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía, preso em um condomínio de luxo da Grande São Paulo. (Fonte: Blog  Geraldo  José)