segunda-feira, 5 de maio de 2014

'Diferenças profundas' no caminho de Eduardo e Aécio


Aécio Neves e Eduardo Campos. Surgimento do novo poder está nas mãos de duas novas lideranças. Minas e Nordeste na busca de um novo Brasil.

O pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, procurou ontem, marcar diferenças em relação ao adversário do PSDB, Aécio Neves, e disse que os pontos de divergência ficarão mais claros quando os programas de governo forem concluídos. “Temos projetos distintos, que têm base política e base social distintas. Os programas serão oferecidos à sociedade. Isso não nos impede que tenhamos capacidade de ver o que nos une, mas estamos oferecendo ao Brasil caminhos que não são a mesma coisa”, disse Campos
'DIVERGÊNCIAS PROFUNDAS' 
Na última sexta-feira, Aécio disse, durante encontro com empresários na Bahia, que ele e Campos estarão “no mesmo projeto de país” em 2015. Na mesma hora, a candidata a vice de Eduardo Campos, Marina Silva, reagiu ao tucano e afirmou que via “divergências profundas” entre os dois candidatos de oposição à presidente Dilma Rousseff. Campos, até agora em clima de sintonia com Aécio, citou a garantia de direitos dos trabalhadores e a idade penal como temas em que os dois têm pontos de vista diferentes.
Eduardo  mostrou também diferenças políticas e lembrou que não divide o mesmo palanque com Aécio há 30 anos. “Nos une o valor democrático, o respeito aos direitos humanos, mas temos diferenças, tanto que somos de partidos diferentes. A última vez em que estivemos no mesmo palanque nacionalmente foi ainda no Colégio Eleitoral, depois de perdermos as Diretas Já”, afirmou Eduardo Campos, citando a eleição do avô de Aécio, Tancredo Neves, para a Presidência da República, em 1985.
'O JOGO NEM COMEÇOU '
Questionado sobre possíveis alianças no futuro, Eduardo Campos cogitou disputar o segundo turno com Aécio, mas evitou especulações. “Tem um cenário que Aécio pode estar comigo. Qualquer pessoa que entende de política e de pesquisa sabe que o jogo nem começou”, respondeu. (Da Agência Estado - Luciana Nunes Leal)