O
pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos,
procurou ontem, marcar diferenças em relação ao adversário do PSDB,
Aécio Neves, e disse que os pontos de divergência ficarão mais claros
quando os programas de governo forem concluídos. “Temos projetos
distintos, que têm base política e base social distintas. Os programas
serão oferecidos à sociedade. Isso não nos impede que tenhamos
capacidade de ver o que nos une, mas estamos oferecendo ao Brasil
caminhos que não são a mesma coisa”, disse Campos
'DIVERGÊNCIAS PROFUNDAS'
Na
última sexta-feira, Aécio disse, durante encontro com empresários na
Bahia, que ele e Campos estarão “no mesmo projeto de país” em 2015. Na
mesma hora, a candidata a vice de Eduardo Campos, Marina Silva, reagiu
ao tucano e afirmou que via “divergências profundas” entre os dois
candidatos de oposição à presidente Dilma Rousseff. Campos, até agora em
clima de sintonia com Aécio, citou a garantia de direitos dos
trabalhadores e a idade penal como temas em que os dois têm pontos de
vista diferentes.
Eduardo mostrou
também diferenças políticas e lembrou que não divide o mesmo palanque
com Aécio há 30 anos. “Nos une o valor democrático, o respeito aos
direitos humanos, mas temos diferenças, tanto que somos de partidos
diferentes. A última vez em que estivemos no mesmo palanque
nacionalmente foi ainda no Colégio Eleitoral, depois de perdermos as
Diretas Já”, afirmou Eduardo Campos, citando a eleição do avô de Aécio,
Tancredo Neves, para a Presidência da República, em 1985.
'O JOGO NEM COMEÇOU '
Questionado
sobre possíveis alianças no futuro, Eduardo Campos cogitou disputar o
segundo turno com Aécio, mas evitou especulações. “Tem um cenário que
Aécio pode estar comigo. Qualquer pessoa que entende de política e de
pesquisa sabe que o jogo nem começou”, respondeu. (Da Agência Estado -
Luciana Nunes Leal)