domingo, 30 de junho de 2013

Influência de Dilma tende a derreter no Congresso

Chegou a hora de a presidente Dilma Rousseff experimentar para valer a antipatia que construiu laboriosamente nos últimos dois anos e meio entre deputados e senadores. A queda de 27 pontos em sua popularidade, medida pelo Datafolha, será sentida agora a cada necessidade de negociação.
Na relação com os congressistas, presidentes da República são temidos ou admirados. Às vezes, raramente, as duas coisas. Dilma era sempre muito temida até maio passado, pois tinha a popularidade mais alta entre todos os ocupantes do Palácio do Planalto pós-ditadura nesta fase do primeiro mandato.
Do alto de sua aprovação popular, a petista acostumou-se a agir de forma imperial. Não dava entrevistas, exceto para a mídia amiga com quem podia opinar sobre novelas e culinária.
Até agora, foi fácil se comportar como um Emílio Garrastazu Médici sentado dentro do Planalto, ouvindo o jogo da seleção brasileira pelo rádio e olhando com desdém para o Congresso, do outro lado da Praça dos Três Poderes. Agora, com uma aprovação mais próxima da de João Figueiredo, o cenário ganha em complexidade.
Políticos são pragmáticos. Não gostam de arranjar briga com uma presidente da República que é bem avaliada e ruma para a reeleição.
Na nova conjuntura em formação, entretanto, o poder da presidente tende a derreter momentaneamente dentro do Congresso. Ela poderia compensar essa perda de popularidade com as relações pessoais e políticas. Ocorre que essas relações sempre foram muito tímidas ou inexistentes, por decisão da própria Dilma. Continue lendo aqui