Impedido de se candidatar nas últimas eleições por circunstâncias
judiciais, o ex-governador Joaquim Roriz (sem partido) trabalha uma
estratégia para assegurar a sua elegibilidade em 2014, informa
reportagem do Correio Braziliense. Ele tenta demonstrar, numa ação que
tramita na 17ª Vara da Justiça Federal do DF, que não está enquadrado
nas regras da Lei da Ficha Limpa, motivo que o fez ceder o posto de
candidato à mulher, Weslian Roriz (PSC), no último pleito contra o
petista Agnelo Queiroz (PT). O ex-governador sustenta que a renúncia ao
mandato de senador, em 2007, cessou os efeitos da representação do PSOL
contra ele e impediu a abertura de processo administrativo disciplinar
relacionado às suspeitas levantadas a partir de diálogos interceptados
na Operação Aquarela — investigação que tratou de desvios de recursos do
Banco de Brasília (BRB). Dessa forma, significaria uma absolvição. De
acordo com o jornal, a Lei da Ficha Limpa estabelece que o político que
renunciar depois do oferecimento de uma representação protocolada contra
ele, capaz de autorizar abertura de processo com potencial de cassação,
se torna inelegível pelo período que durar o mandato e mais oito anos
após o encerramento deste.