sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Operação Porto Seguro: 'Nunca fiz nada ilegal, imoral ou irregular', diz Rosemary Noronha

Rosemary Nóvoa de Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, negou nesta quinta-feira (29) que tenha cometido os crimes apontados pela Polícia Federal (PF) na Operação Porto Seguro e disse, por meio de nota, que "nunca fez nada ilegal, imoral ou irregular que tenha favorecido o ex-ministro José Dirceu ou o ex-presidente Lula". Ela foi indiciada como peça chave do esquema investigado pela ação da PF na última sexta-feira (23), após ser flagrada em grampos. As interceptações telefônicas mostram que Rosemary usava a sua influência no governo federal para conseguir vantagens pessoais e para terceiros. Dois de seus apadrinhados em agências reguladoras, os irmãos Rubens e Paulo Vieira, foram presos na semana passada pela PF por fazerem lobby em órgãos da administração federal para grandes empresas. A ex-chefe de gabinete também usou o e-mail oficial do governo para cobrar dinheiro da quadrilha acusada pela Polícia Federal de vender pareceres em órgãos federais. Afastada após o escândalo, Rosemary ocupava o cargo no governo desde 2003. Entre 2007 e 2010, ela viajou com o então presidente Lula para 23 países, em virtude de pelo menos 30 eventos.