quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Ex-governador da Bahia César Borges nega envolvimento com servidora acusada de fraude pela PF



Identificado como um possível contato da relação de Rosemary Noronha, apontada pela Polícia Federal (PF) como peça chave no esquema de fraudes em pareceres técnicos de órgãos públicos, reveladas pela Operação Porto Seguro, o ex-senador César Borges (PR), atual vice-presidente de Governo do Banco do Brasil, negou envolvimentos com a ex-servidora do Planalto.
A Polícia teria identificado que a funcionária pode ter intercedido por uma reunião entre o ex-senador e os irmãos Vieira – o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Rodrigues Vieira, e Marcelo Vieira, ambos presos na ação e indiciados como líderes da quadrilha.
Eles são suspeitos de implicação no esquema por terem pedido a empresários “favores” sugeridos por Rosemary – que teria exigido vantagens financeiras em troca de ajudar o esquema dentro do governo.
A Operação ainda está dando o que falar em todo o meio político. Nos bastidores, as investigações já teriam movimentado a conjuntura política para indicação da vaga ao Supremo Tribunal Federal.
Há quem diga que pode ter caído o conceito de Adams no governo, que no órgão é braço direito do investigado José Weber Holanda Alves, o que pode abalar uma possível ida do jurista baiano Paulo Modesto, também promotor do Ministério Público e professor da UFBA para a vaga do STF.
Em nota enviada a imprensa ontem, o ex-senador César Borges disse desconhecer a ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo e qualquer intermédio dela para que ele se reunisse com os irmãos Vieira, que ele também nega conhecer.
“Nunca recebi solicitação da Sra. Rosemary Nóvoa de Noronha para qualquer finalidade, não conheço essa Senhora, nem o Sr. Paulo Vieira. Pelo visto, fizeram uso indevido do meu nome para tentar demonstrar prestígio, expediente esse que reprovo”, defendeu-se. Com informações do Tribuna da Bahia.