Clientes da loja Mega Prêmio, em Uauá, prestaram queixa na Delegacia de
Polícia do município do nordeste baiano, após o estabelecimento manter
as portas fechadas desde a semana passada. De acordo com os lesados, o
dono da loja de compra premiada, Evandro Parga, (foto) teria deixado a cidade
na madrugada do último dia 12 de novembro e até esta quinta-feira (21)
não retornou ou informações sobre os contratos feitos. As vítimas teriam
sido atraídas com promessas vantajosas. No esquema, o cliente pagava
mensalmente para o "empresário" a parcela de uma motocicleta ou de
outros bens, em uma espécie de consórcio. A cada 30 dias um sorteio
seria feito e o consumidor que fosse contemplado receberia o bem quitado
de imediato e deixaria de pagar as prestações restantes. Para que o
pagamento do produto já entregue tivesse continuidade, um novo cliente
assumiria as prestações e já poderia também ser sorteado. A prática
manteria o grupo com o mesmo número de participantes, o que daria
sustentabilidade ao "consórcio". Apesar desse tipo de modalidade de
compra ser uma das formas mais antigas de golpe, estima-se que 200
uauaenses tenham sido enganados. Segundo informações do site Umbuzuda,
os clientes ainda não foram ouvidos devido à falta de delegado titular
na cidade. Todos aguardam a chegada do delegado de Monte Santo. Na
delegacia já se encontra apreendidos computadores, uma motocicleta e
aparelhos de som da loja que fechou às portas no último dia 10 de
novembro. Segundo os moradores, Evandro Parga, natural de Bacabal, no
Maranhão, já teria aplicado o golpe em dezenas de cidades do seu estado
natal.