quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Delegado da Polícia Federal desmente o deputado Roberto Carlos e disse que ele depôs



Delegado desmente Roberto Carlos e diz que ele depôs | Foto: Tiago Melo/BN

O delegado da Polícia Federal Maurício Salim, em entrevista ao Bahia Notícias, revelou que o pedido de indiciamento do deputado estadual Roberto Carlos (PDT) e oito servidores lotados em seu gabinete na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) foi encaminhado ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que julgará o caso. Ele informou que a PF não notificará a AL-BA da solicitação de afastamento dos envolvidos no suposto caso de funcionalismo fantasma, desbaratado pela Operação Detalhes (ver aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui também), pois a Casa será comunicada da decisão pela própria Corte. “O pedido ainda vai ser objeto de julgamento do tribunal, que pode deferir ou não. É ele [TRF1] quem vai decidir”, explicou. De acordo com Salim, todos os acusados de formação de quadrilha, peculato, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro foram ouvidos e tiveram amplo direito de defesa, embora o pedetista reiteradas vezes tenha argumentado que não tinha prestado depoimento. “O deputado [Roberto Carlos] sempre alegou que nunca foi convidado a depor e que nunca foi ouvido. Quando ele foi interrogado, ele se utilizou do direito de ficar calado e permaneceu em silêncio”, desmentiu o delegado. O presidente do Legislativo, Marcelo Nilo, também do PDT, prometeu afastar todos os funcionários – assim que for comunicado –, mas se disse impedido de empregar qualquer punição ao parlamentar. “Com ele, eu não posso fazer nada, porque foi eleito pelo povo, mas os servidores eu afasto imediatamente depois de ser comunicado”, informou o chefe da AL-BA, em entrevista ao BN. Nilo prometeu ainda instalar o Conselho de Ética da Casa – que terá poder até de pedir a cassação do deputado – na próxima semana.