A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) determinou que a partir do dia 30 de agosto, as ligações locais para telefones fixos feitas em orelhões da operadora Oi em 2.020 municípios não poderão ser cobradas. A medida faz parte do Plano de Revitalização de Telefonia de Uso Público, que teve início em agosto de 2011. A Anatel exigiu de cada uma das concessionárias um plano de vistoria e reparo dos orelhões, além de melhoria nos sistemas de supervisão. Como a Oi não atingiu integralmente os objetivos do plano – especialmente em relação à densidade de orelhões por número de habitantes e aos reparos nos telefones – a isenção de cobrança das ligações foi feita em acordo. A gratuidade vale até outubro ou dezembro, a depender dos problemas apresentados pela operadora em cada cidade. A Oi tem atualmente 760 mil orelhões no país. A mesma decisão foi adotada para a Embratel, desde abril, nas chamadas nacionais de longa distância feitas por meio do código 21 nos 1,5 mil orelhões de responsabilidade da concessionária. Segundo o superintendente de Universalização da Anatel, José Gonçalves Neto, a estimativa de investimentos de todas as operadoras para o cumprimento do plano de revitalização é R$ 205 milhões. A Oi deverá investir R$ 170 milhões para revitalizar os orelhões do país. Neto afirma que as medidas têm surtido efeito na melhoria da disponibilidade do serviço no país. No caso da Oi, o índice de planta ativa de orelhões era 70% em setembro do ano passado e em junho deste ano passou para 86%. O índice da Embratel passou de 50% para 69% e da Telefônica subiu de 70% para 91%.