terça-feira, 3 de julho de 2012

Jaques Wagner abandona desfile do 2 de julho por causa de intensas vaias e protestos significa que o povo não está aprovando o governo do PT

Considerado traidor pelos professores, Wagner foi caracterizado como Judas (Metropress)

Professores levaram ao desfile um boneco de Jaques Wagner nominado de 'Judas'

O governador da Bahia , Jaques Wagner(PT) talvez não esperasse a força da resistência dos professores grevistas do estado, dos quais o petista já cortou salários, o credicesta(compra de alimentos) e até o atendimento do plano de saúde .
Mas, o intransigente governador baiano não aguentou a pressão durante o desfile do 2 de Julho, a data magna do Estado, que presta homenagem aos heróis da independência do Brasil na Bahia: com tanta vaia que recebeu dos professores, equipados com apitos e faixas e gritando palavras de ordem,  ele abandonou o cortejo cívico antes do final do percurso, entrou em um veículo e foi embora.
Os professores- em greve há quase dois meses-  ainda foram apoiados por alunos e parentes e por colegas de universidades federais da Bahia, também paralisados.
Mesmo adiando, por quase uma hora,  de surpresa,  a cerimônia de hasteamento da bandeira, para tentar minimizar as manifestações de protestos dos professores da rede estadual, que estão em greve há mais de dois meses, Wagner não ecapou do vexame.
O episódio de fuga do governador  não tirou do evento alusivo a heróis o brilho próprio dos benfeitores.
Professores grevistas da rede estadual de ensino levaram para o desfile um boneco do Judas com o rosto de Wagner, em protesto contra a decisão do governo de descumprir o acordo assinado com a categoria que previa 22,22% de reajuste salarial.
Todos os candidatos à prefeitura de Salvador participaram da comemoração, que completa 189 anos este ano e presta homenagens aos hérois da independência do Brasil na Bahia, como índios, negros e personagens históricos como Joana Angélica, Maria Quitéria, e o General Labatut.
Wagner minimizou os protestos, pregando a liberdade de expressão. “O espírito da festa é este mesmo, uma marcha popular, marcada pelas manifestações populares”, argumentou. “Os valores da liberdade e da democracia têm de ser enaltecidos.” Discurso semelhante adotou o candidato do PT à prefeitura de Salvador, Nelson Pelegrino, que seguiu o trajeto junto com Wagner. “O aplauso e a vaia fazem parte da democracia.”
Conhecido como termômetro eleitoral, por reunir políticos e população em um mesmo espaço, o cortejo teve a participação de todos os candidatos à prefeitura de Salvador. Apontados como principais antagonistas de Pelegrino, ACM Neto (DEM) e Mário Kertész (PMDB) comemoraram a boa receptividade da população. “Se depender do calor que estamos recebendo nas ruas, vamos vencer este ano”, disse Neto.