Se havia motivo técnico para que Julio Lóssio trocasse o vice na composição da chapa para as eleições 2012, somente uma análise mais administrativa para responder a questão. Mas, do ponto de vista político, substituir o atual Domingos Sávio(PSDB) pelo ex-prefeito Guilherme Coelho(PSDB) foi via de mão dupla.
O lado positivo da questão se dá ao fato de Guilherme carregar consigo a força do nome do seu pai Osvaldo Coelho, político experiente e respeitado até mesmo pelos adversários. Além disso, o próprio Guilherme já foi prefeito de Petrolina por dois mandatos e, portanto, tem um percentual do eleitorado.
Por outro lado, a substituição gerou um ônus que precisará ser administrado internamente, entre os tucanos. Muitos diziam (e dizem) que Sávio era o lado equilibrado de Julio Lóssio e, por discordarem em alguns pontos relevantes durante esse mais de 3 anos de governo, Sávio teria inspirado a rejeição do prefeito.
O que se sabe é que, durante o processo decisório sobre a escolha do vice para as eleições deste ano, Guilherme Coelho e Domingos Sávio trocaram severas agressões verbais e acusações.
O clima no PSDB ficou tão pesado, que se precisou recorrer a Osvaldo Coelho para que, com a sobriedade dos mais maduros, pudessem dissipar a guerra instaurada.
O problema, no entanto, não se resolveu com o anúncio, na última sexta-feira(29), durante a convenção do PMDB, do nome de Guilherme Coelho para concorrer como vice.
O racha interno entre os tucanos existe e pode afastar da campanha de Lóssio(extraoficialmente) alguns nomes importantes do partido. Há informações, nos bastidores do PSDB de que nem o próprio Domingos andará de mãos dadas com o grupo do prefeito na campanha (vê-se a ausência dele ja na convenção de sexta).
