No início da tarde dessa terça-feira(19), o presidente da Câmara Federal, Marco Maia, avisou que encaminhará o pedido de investigação feito pelo PSOL para a Corregedoria ou para o Conselho de Ética.
O partido pede que a Casa apure as negociações de emendas envolvendo os deputados João Carlos Bacelar (PR-BA) e Geraldo Simões (PT-BA).
“Assim que receber o documento, vou encaminhá-lo imediatamente para a Corregedoria, para que ela faça os levantamentos e as análises que lhe cabem. Se houver conexão na situação (com o processo que já existe contra Bacelar), poderá ser enviado diretamente para o Conselho de Ética, mas preciso analisar primeiro o teor da denúncia que vai ser feita pelo PSOL para tomar uma decisão”, afirmou Maia.
O corregedor da Câmara, Eduardo da Fonte (PP-PE), prometeu iniciar a investigação assim que receber o documento da presidência.
” Vejo muita gravidade nas denúncias. Assim que a representação chegar às minhas mãos, vou citar os deputados. Nós vamos apurar os fatos com todo rigor, legitimidade, transparência e rapidez possíveis” explicou o corregedor.
No domingo, o jornal O Globo revelou a existência de um esquema de negociação de emendas parlamentares entre deputados do baixo clero. De acordo com a ex-mulher de João Carlos Bacelar, Isabela Suarez, o deputado teria comprado emendas do colega Geraldo Simões.
Ontem, o deputado Marcos Medrado, que também figura em uma tabela usada por Bacelar para acompanhar emendas destinadas à sua base eleitoral, confirmou ter negociado com ele a destinação de uma emenda.
