domingo, 27 de maio de 2012

Ao se entregar, Brunelli não quer ser algemado ou ficar em sala com grades


Foragido da polícia desde sexta-feira, o ex-distrital Júnior Brunelli (sem partido) quer usar as prerrogativas de advogado — seu título profissional — para se livrar de algemas, dos holofotes e das grades quando for preso. Brunelli é acusado de ter desviado, pelo menos, R$ 1,7 milhão em emendas parlamentares que deveriam ter sido aplicadas para melhorar a qualidade de vida de idosos. O dinheiro foi liberado pela Secretaria de Desenvolvimento Social, em 2009, mesmo ano em que ele passou a ser reconhecido como o deputado da oração da propina, depois da divulgação do vídeo em que, abraçado ao delator da Caixa de Pandora, Durval Barbosa, puxa uma reza pedindo proteção divina contra inimigos políticos.

Por meio de seus advogados, Brunelli entrou ontem com um habeas corpus no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) pedindo que, ao se entregar à polícia, fique em uma sala de Estado-Maior, sem grades e com banheiro, que a polícia evite as algemas e que não haja exposição desnecessária dele. São condições que a Ordem dos Advogados do Brasil do DF (OAB-DF) defende que sejam respeitadas entre os inscritos. A Polícia Civil afirma que não há um local específico para Brunelli. Caberá à Justiça decidir onde ele cumprirá o mandado.