sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

ONG serviu para desvio de dinheiro durante gestão de Gabrielli na Petrobras, diz revista


Sergio Gabrielle, ex-presidente da Petrobras. Foto: FSF
Controladoria-Geral da União (CGU), a que a revista Época teve acesso com exclusividade, mostram que boa parte do dinheiro repassado pela Petrobras à ONG Pangea foi desviada.
O órgão suspeita que os recursos tenham sido utilizados para financiar a campanha política do PT na Bahia. Entre 2004 e 2007, a estatal repassou à organização do terceiro setor R$ 7,7 milhões para a criação de projetos sociais. Desse total, R$ 2,2 milhões não obtiveram comprovação de como foram gastos. O CGU descobriu também um cheque de R$ 25 mil entregue pela Pangea ao irmão de um político do PT que concorria à prefeitura da cidade baiana de Vera Cruz, um indício de que a entidade servia também como centro de repasse ilegal de dinheiro.
Outros indícios de irregularidades, segundo a revista, são a compra de um carro usado de Sérgio Santana, ex-deputado do PMDB e na época presidente da entidade, e o uso de notas frias para prestação de contas. Sem contar que quatro empresas contratadas pela ONG não foram encontradas nos respectivos endereços, o que demonstra que provavelmente são “fantasmas”. As denúncias se tornarão uma herança política negativa para a futura presidente, Graça Foster, encaminhar quando assumir o mandato.