quinta-feira, 8 de março de 2018

MP desmascara mentira de Saud contra jornalista



O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) arquivou a investigação sobre a acusação do diretor de Relações Institucionais do grupo J&F/JBS, Ricardo Saud, contra o jornalista Cláudio Humberto por concluir que não se verificou a existência "de indícios mínimos da prática de conduta criminosa" pelo profissional de imprensa.

Ao prestar depoimento no âmbito de seu acordo de delação, em maio do ano passado, Saud disse que o jornalista o "extorquiu" e deixou de publicar críticas a seu respeito após a JBS anunciar no site de sua propriedade. A investigação do MPDFT concluiu que isso não aconteceu e que, mesmo após a assinatura de contrato publicitário, o jornalista publicou notícias críticas ao grupo e ao próprio Saud.
Bueno desmentiu Saud
Durante a investigação do Ministério Público, o diretor de Comunicação do grupo J&F, Miguel Bueno, prestou depoimento aos promotores e desmentiu categoricamente a acusação de Saud. Contou que foi dele, Bueno, a iniciativa de propor a publicação de anúncios no site do jornalista e que essa relação comercial não foi condicionada a compromissos editoriais.
Miguel Bueno declarou aos promotores que em nenhum momento o jornalista exigiu contrato de veiculação publicitária em seu portal como condição para que deixasse de publicar novas notas contrárias a Ricardo Saud, à J&F ou qualquer outro executivo do grupo.
Disse também o diretor de Comunicação do grupo J&F, controlador da JBS, que não foi feito nenhum tipo de acordo neste sentido, nem por iniciativa dele, de Joesley Batista ou de Ricardo Saud ou qualquer outro executivo da J&F.