Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil
A Polícia Federal apontou indícios de “caixa três” em campanhas
do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Em
relatório de um dos inquéritos que investigam o democrata, a PF indicou
que empresas irrigaram a contabilidade eleitoral de Maia com dinheiro
ilícito, a mando da Odebrecht. A prática foi denominada pelos
investigadores como caixa três. De acordo com o jornal Folha de S.
Paulo, desde que as delações de donos e executivos da empreiteira foram
divulgadas, a Cervejaria Petróplis, fabricante da Itaipava, é apontada
como a principal parceira da Odebrecht no caixa três. Ainda segundo a
publicação, a PF afirmou ter localizado na prestação de contas da
campanha de Maia em 2014 uma doação de R$ 200 mil da empresa R$ 200 mil
da empresa Praiamar. Ela é ligada à Cervejaria Petrópolis e também doou
ao diretório nacional do DEM, que repassou o recurso a Maia. Ainda
segundo a polícia, na campanha de 2010 há outros indícios de caixa 3
para o democrata. Neste ano, a campanha dele a deputado federal recebeu
R$ 389 mil do diretório do DEM no Rio. O diretório, por sua vez, havia
recebido R$ 20 mil da Praiamar e R$ 80 mil da Leyroz Caxias Indústria
Comércio e Logística, outra empresa ligada à Cervejaria Petrópolis. A PF
apontou que é "certo de que existe a possibilidade de [os valores
repassados a Maia pelo diretório] terem sido originados das referidas
empresas parceiras da Odebrecht [Praiamar e Leyroz]".