A aprovação na Comissão de Constituição e 
Justiça (CCJ) do Senado Federal, do projeto que prevê aumento de pena 
para roubo de explosivos ou cometidos com ajuda deste material, deve dar
 maior fôlego ao enfrentamento de crimes contra instituições 
financeiras. A decisão animou as forças de segurança da Bahia, que 
combatem duramente organizações criminosas que fazem uso de explosivo 
para a prática dos roubos.
Este tipo de crime costuma ultrapassar as 
divisas dos estados, como explica o comandante de Operações da Polícia 
Militar, coronel Paulo Uzêda. Para o coronel, o aumento da pena, 
aprovado pela CCJ do Senado – a proposta ainda deve seguir para a Câmara
 dos Deputados – é “muito relevante”. “Não podemos dar a um crime que 
amedronta uma pequena cidade a classificação de roubo qualificado. O uso
 de explosivo coloca em risco toda uma comunidade e deve ter uma pena 
mais severa”, enfatizou.
Entre os meses de janeiro a outubro, o 
Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e as 
unidades de Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) contabilizaram a 
apreensão de mais de 100 bananas de dinamite (somente na região de 
Juazeiro), detonadores, emulsões, espoletas, estopins e cilindros de 
oxigênio, material utilizado para explodir cofres e terminais de 
autoatendimento.
O coordenador da Força Tarefa da 
Secretaria da Segurança Pública, Major PM Marcelo Barreto, assegurou que
 a grande maioria dos crimes contras instituições financeiras é cometida
 com o emprego de explosivos, acrescentando que a recorrência dos 
assaltantes é muito frequente nesta categoria. “Grande parte dos 
criminosos que prendemos em 2016 e 2017 é reincidente na prática desta 
espécie de roubo na Bahia ou em outros estados”, frisou, ressaltando a 
importância na atualização das leis.
 Ascom/Marcia Santana
 
