A segunda reportagem da série sobre o alcoolismo, sobre as consequências do exagero da bebida
para a sociedade e o sofrimento das pessoas que vivem próximas de quem
tem a vida dominada pelo vício.
Algumas mulheres que não são dependentes do álcool procuram ajuda
porque também adoeceram vendo marido, filhos, irmãos, amigos se
afundarem na bebida. A Al-Anon é uma associação que tem os mesmos
princípios dos Alcoólicos Anônimos. Ela foi criada para dar atendimento
aos parentes e tem como objetivo a superação dos problemas por meio das
trocas de experiência.
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O alcoolismo interfere diretamente nas relações familiares, além de
prejudicar a convivência e muitas vezes potencializar a violência. Na
delegacia de mulheres, cerca de 60% das denúncias estão relacionadas ao
álcool, segundo a delegada Margareth Rocha.
De acordo com os médicos, nos hospitais, não existem estatísticas
oficiais porque não se mede o nível de álcool de um paciente. Mas, é
visível a relação entre o número de ocorrências e a bebida. Nos fins de
semana e feriados, por exemplo, o movimento nas unidades de saúde é
muito maior. Os casos são, principalmente de brigas, quedas e acidentes
de trânsito, na maioria das vezes, provocados pela embriaguez.
Lei Seca
A Lei Seca está em vigor desde junho de 2008. Em Minas Gerais, as fiscalizações começaram em julho do ano passado. Em cinco meses, 557 pessoas foram flagradas dirigindo depois de beber. A polícia apontou um perfil desses motoristas em Belo Horizonte. Eles são homens, jovens e de classe média alta. Cerca de 1.400 pessoas tiveram a carteira de habilitação suspensa por causa de embriaguez, em 2011.
A Lei Seca está em vigor desde junho de 2008. Em Minas Gerais, as fiscalizações começaram em julho do ano passado. Em cinco meses, 557 pessoas foram flagradas dirigindo depois de beber. A polícia apontou um perfil desses motoristas em Belo Horizonte. Eles são homens, jovens e de classe média alta. Cerca de 1.400 pessoas tiveram a carteira de habilitação suspensa por causa de embriaguez, em 2011.
O rigor na fiscalização ainda não resultou na diminuição do número de
mortes. Na capital, de julho a novembro de 2011, segundo a Polícia
Civil, 415 pessoas morreram em acidentes de trânsito. Quase 14% a mais
que no mesmo período de 2010.
Nesta sexta-feira (17), a última reportagem exibe os tratamentos para o
alcoolismo, as chances de recuperação para quem perdeu o trabalho,
família e a saúde.