O presidente do Conselho de Ética do Senado, senador João Alberto
Souza (PMDB-MA), acatou a representação contra o ex-líder do governo na
Casa, Delcídio do Amaral (PT-MS), preso no dia 25 de novembro, suspeito
de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. O anúncio
foi feito nesta terça-feira (15). A representação foi assinada pelo Rede
Sustentabilidade e pelo PSS, pedindo cassação do mandato de Delcídio.
DEM e PSDB manifestaram apoio à representação e participaram do ato, mas
não assinaram o documento. Também nesta terça, Alberto Souza anunciou
que colocará em tramitação uma denúncia contra Randolfe Rodrigues
(Rede-AP), um dos autores da representação contra o senador petista. O
Conselho de Ética se reunirá na próxima quinta-feira (17), às 10h, para
definir os relatores dos dois casos. De acordo com o G1, a denúncia
contra Randolfe é de 2013 e está relacionada a um suposto caso de
corrupção passiva. O senador se defendeu dizendo que a atitude do
presidente do Conselho de Ética é uma "retaliação baixa e
desqualificada". "Não passa de uma atitude de retaliação contra o
verdadeiro denunciante no Conselho, que sou eu", bradou. Alberto Souza
recebeu o posicionamento da Advocacia do Senado sobre os dois casos,
favorável à admissibilidade de ambas as situações. Depois de apresentada
uma representação, o regimento do Senado prevê que cabe ao presidente
do Conselho de Ética definir se arquivará o caso ou se dará continuidade
em cinco dias úteis. A decisão de João Alberto levou 10 dias no caso
Delcídio.