quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Durante ação da PF investigado joga dinheiro pela janela



Do FolhaPE
Após um ano de investigação, a Polícia Federal deflagrou, na manhã de hoje, a Operação Pulso, com o objetivo de reprimir a atuação de uma organização criminosa especializada em direcionar licitações e desviar recursos públicos da Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobras). Para tentar se "desfazer" do dinheiro que guardava no apartamento, um dos investigados pela PF, no Recife, acabou jogando milhares de cédulas pela janela de um dos prédios das Torres Gêmeas, na área Central.
Apesar do dinheiro ter sido arremessado pela janela, ele acabou não se espalhando, já que foi jogado em maços. Durante a operação, que é realizada em cinco estados, a PF também percebeu que inúmeras amostras de sangue coletadas não foram transformadas em medicamentos contra a hemofilia e outras doenças. Elas deixaram de ser fabricadas por terem sido armazenadas de forma inadequada, tornando inapropriadas para a produção dos medicamentos.
Além de Pernambuco, estão sendo cumpridos mandados nos estados da Paraíba, Piauí, Minas Gerais e São Paulo. Ao todo, são cumpridos 28 mandados de busca e apreensão, além de 29 oitavas mediante intimações e dois mandados de prisão temporária, expedidos contra empresários com atuação na empresa pública, inclusive, um lobista com atuação em Pernambuco, Piauí e exterior. Ainda na operação, foi autorizado o afastamento de três integrantes da Hemobras, sendo dois membros da diretoria.
No total, foram mobilizados 170 policiais. Os delitos investigações são peculato, corrupção passiva e ativa, Lei de Licitações, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, organização criminosa. As penas variam de um a 12 anos de prisão.