Levado
à superintendência da PF em São Paulo, Marcelo Odebrecht foi colocado
num auditório com outros presos. Estava "inconformado", "bufando", "com
raiva" e "muito agitado", nas palavras de agentes que o escoltaram.
Relatório da Polícia Federal que embasou as prisões sustenta que a
Odebrecht se envolveu no esquema da Petrobras antes de Marcelo Odebrecht
chegar à presidência da empresa. A informação é de Mônica Bergamo, na
sua coluna deste sábado. Com mais os detalhes abaixo:
Os agentes
apontam no texto, porém, que "muitos pagamentos se sucederam" após
Marcelo ter galgado o posto, "sendo certo que as atividades praticadas
[...] não poderiam passar ao largo do dirigente".
Advogados de
outras empreiteiras investigadas na Lava Jato que se debruçaram sobre o
despacho de Moro dizem que a justificativa para as prisões de ontem é
muito mais frágil que as de seus próprios clientes.
No habeas
corpus que impetrarão, os advogados da Odebrecht vão tentar
desqualificar tanto o e-mail citado por Moro para implicar Marcelo
Odebrecht quanto o suposto pagamento de propina de US$ 300 mil a Pedro
Barusco na Suíça.
A defesa dirá
que o "sobrepreço" citado no e-mail é um termo técnico (não
superfaturamento), e que Barusco teria comprado títulos (bonds) da
empresa.