Um
dia após o vazamento de trechos da delação premiada de Ricardo Pessoa,
ministros de Dilma Rousseff partiram para o ataque a fim de tentar
proteger a presidente da República. José Eduardo Cardozo (Justiça) e
Edinho Silva (Comunicação Social) disseram que foram legais as
contribuições a empresa de Pessoa, a UTC, à campanha de 2014 da
presidente.
Edinho
afirmou que, se confirmados os relatos da imprensa em relação a ele, a
delação de Pessoa seria mentirosa. Numa das versões, da revista “Veja”,
Pessoa teria dito que o então tesoureiro relacionou o volume de
contratos da UTC com a Petrobras ao montante de contribuição para a
campanha de Dilma.
Não
foi abordada reportagem do jornal “O Estado de S. Paulo” que relatou a
entrega de uma planilha de Pessoa aos investigadores a respeito de caixa
2. Segundo essa versão, dois ex-tesoureiros do PT, José de Fillipi e
João Vaccari Neto, teria recebido recursos ilegais da UTC.
Em
resumo, foi uma primeira reação política do governo, que terá
desdobramentos assim que forem conhecidos os detalhes da delação.
Cardozo pedirá ao Supremo Tribunal Federal o acesso à delação. Edinho se
colocou à disposição para ser ouvido pelos investigadores. Ambos
criticaram o que chamaram de “vazamento seletivo”.