O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), elogiou, hoje, a
medida provisória (MP) da aposentadoria, mas disse não descartar a
derrubada do veto presidencial à mudança do fator previdenciário
aprovada pelo Congresso. Segundo ele, o governo terá que convencer os
parlamentares de que se trata de uma boa proposta.
“Se está se preservando aquilo que se desejava do 85/95, pode ser uma
esperança de que se resolva o problema. Vamos ver. Vamos dar um voto de
confiança”, afirmou.
Cunha alertou, porém, que a análise do veto, pela sua manutenção ou
não, acontecerá antes de a MP ser validada pelo Legislativo, o que
obrigará o governo a fazer um trabalho de convencimento entre os
parlamentares para que o veto à emenda seja mantido. Pela Constituição,
uma medida provisória entra em vigor assim que é publicada pelo
Executivo. No entanto, ela tem um prazo para ser votada no Congresso
para que vire lei em definitivo.
“Efetivamente, é um programa para o futuro. Eu acho que, se eles [o
governo] trabalharem, explicarem bem, pode ser que consigam ter um
apoiamento [no Congresso], mas, para isso, tem que evitar a derrubada do
veto antes”, observou, acrescentado: “Vai ter que ser um trabalho
político de conscientização do governo, mostrando que é uma regra boa
para o país porque nós temos que pensar no país em termos de futuro”.