A Justiça Federal revogou nesta terça-feira (14) os decretos de
prisão temporária de Elia Santos da Hora, secretária do ex-deputado Luiz
Argôlo (SD-BA), e de Ivan Vernon Gomes Torres Junior, assessor do
ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE). Ambos foram detidos na última sexta-feira (10) pela operação 'A Origem',
nova fase da Lava Jato, por suspeita de envolvimento em um esquema de
corrupção e lavagem de dinheiro ilícito de contratos de publicidade com
órgãos públicos federais. Luiz Argôlo e Pedro Corrêa também foram presos
na operação, mas em caráter preventivo, ou seja, deverão ficar
custodiados até conclusão do inquérito da Polícia Federal e de eventual
ação criminal - os presos podem ser liberados em caso de concessão de
habeas corpus. A revogação das ordens de prisão temporária de Elia e
Vernon oi decretada pelo juiz federal Sério Moro, de Curitiba, base da
Lava Jato. A temporária valia por cinco dias. Moro destacou que não
houve pedido de prorrogação da prisão dos funcionários. "Expirando-se a
prisão nesta data, revogo-a pelo remanescente", decidiu o juiz, que, no
entanto, impôs condições aos investigados "para boa condução do processo
e considerando a gravidade em concreto dos crimes em apuração". De
acordo com o Uol, Elia e Vernon estão proibidos de mudar de endereço ou
de deixar o País sem autorização judicial, bem como estão obrigados a
comparecer a todos os atos do processo, inclusive da investigação, se
intimados a depor.