Integrantes
das três principais campanhas presidenciais fizeram neste domingo (17)
avaliação semelhante durante o velório de Eduardo Campos: a candidatura
de Marina Silva, em meio a uma comoção nacional, zerou o cronômetro da
eleição. Reservadamente, diversos representantes dos comitês eleitorais afirmam que a única certeza agora é de que haverá segundo turno.
Para muitos, o efeito da
morte de Campos sobre a popularidade de sua substituta na cabeça de
chapa decantará nas próximas duas semanas. Só então então será possível
avaliar, com mais clareza, o cenário da sucessão.
Durante o voo que a levou
ao Recife, Marina afirmou que a morte do candidato impõe a ela
"responsabilidade" e que pretende manter os compromissos que definiu com
o aliado. As afirmações foram feitas aos jornais "O Estado de S. Paulo"
e "O Globo".
"Penso que existe uma
providência divina em relação a mim, ao Miguel [filho mais novo de
Campos], a Renata [viúva do candidato] e ao Molina [sobrinho e
assessor]", disse Marina ao "O Globo".
Auxiliares de Dilma
Rousseff presentes à cerimônia fúnebre não escondiam preocupação com a
reviravolta do quadro eleitoral. Tucanos também exibiam apreensão. (Da
Folha de S.Paulo - Natuza Nery e Valdo Cruz)