Pesquisa abala Dilma
Em meio ao pedido formal para instalação da CPI da
Petrobras, ontem no Senado, a CNI divulgou pesquisa do Ibope apontando
uma queda de sete pontos percentuais na aprovação do Governo Dilma, que
volta a viver dias de inferno astral. A avaliação positiva passou de 43%
para 36%.
Esta
foi a primeira queda na popularidade do governo desde setembro do ano
passado, quando os percentuais voltaram a subir após uma queda brusca
por conta das manifestações populares de junho.
As
áreas relacionadas à economia do País sofreram as maiores quedas na
popularidade: combate ao desemprego, combate à inflação, taxa de juros e
impostos.
Em
relação ao levantamento do Ibope feito em novembro do ano passado,
houve uma estabilidade na avaliação 'regular' – passou de 35% para 36% –
variação considerada dentro da margem de erro.
Já
a soma das pessoas que desaprovam a gestão Dilma, ao avaliá-la como
'ruim' ou 'péssima', passou de 20% em novembro para 27% entre os
participantes ouvidos em março. Além da queda na aprovação ao governo,
houve redução na popularidade de Dilma Rousseff.
O
percentual dos que aprovam a maneira de governar da presidente caiu de
56% em novembro de 2013 para 51% no levantamento atual. Já o total dos
que a desaprovam passou de 36% para 43%.
Os
dados mostram também que subiu o percentual de eleitores que avaliam
que o governo Dilma está sendo pior que o de seu antecessor, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O total dos que acham que a atual gestão está pior aumentou de 34% em novembro do ano passado para 42% em março.
Para
outros 46%, a gestão de Dilma é igual à de Lula. Os números enfraquecem
Dilma num momento crucial, no qual precisaria da força popular para
superar o bombardeio em cima do maior escândalo envolvendo o seu nome.
Se
a tendência de queda for permanente, a medida que a CPI for rastreando
as maracutaias na Petrobras, o castelo de Dilma, que parecia
sólido, tende a virar pó.
QUEDA GERAL–
Por áreas, na Educação o total de quem desaprova a atuação de Dilma
aumentou de 58% para 65%, enquanto o percentual de quem a aprova caiu de
39% para 32%. Já na Saúde, passou de 72% para 77% o total de eleitores
que desaprovam a atuação do governo, enquanto o percentual dos que a
aprovam caiu de 26% para 21%. Em Segurança Pública, a desaprovação subiu
de 70% para 76%, e a aprovação baixou de 27% para 22%.