Condenado
pelo STF a 12 anos e 7 meses de cadeia por lavagem de dinheiro,
corrupção passiva e peculato, o ex-diretor petista do Banco do Brasil
Henrique Pizzolato mantém uma conta bancária secreta na Suíça.
Movimentou-a após fugir para o estrangeiro. Mas ainda conserva um saldo
generoso. Coisa € 2 milhões.
Os repórteres Andreza Matais, Felipe Recondo e Jamil Chade informam
que, sob supervisão da Procuradoria da República, a Polícia Federal
tenta chegar a Pizzolato refazendo o caminho do dinheiro. Os
investigadores contam com o auxílio de autoridades suíças e da Interpol.
Para
a PF, o fugitivo está mesmo na Itália. Esconde-se atrás de uma dupla
cidadania ítalo-brasileira que torna improvável sua extradição.
Pizzolato teve a prisão decretada em 15 de novembro. Só então
constatou-se que ele havia tomado chá de sumiço. A existência da conta
na Suíça indica que a fuga foi precedida de um planejamento financeiro.
No
julgamento do Supremo, restou comprovado que Pizzolato embolsou pelo
menos uma valeriana de R$ 326 mil. Em troca da propina, favoreceu com
contratos milionários uma agência de propaganda que tinha Marcos Valério
como sócio. Por meio desses contratos, desviaram-se para as arcas
clandestinas do mensalão pelo menos R$ 74 milhões do Fundo Visanet.