A defesa de Marcos Aparecido dos Santos, conhecido como Bola, pediu de
maneira liminar a suspensão do julgamento dos acusados do assassinato de
Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno Fernandes. Bola é um dos réus
no processo do desaparecimento e morte de Eliza. A defesa alegou em
documento encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não teve
acesso às gravações dos depoimentos das testemunhas ouvidas durante o
processo e, por isso, o júri não pode acontecer. O júri está marcado
para começar na segunda-feira (19), no I Tribunal do Júri de Contagem,
em Minas Gerais. A assessoria do STF confirmou que o pedido foi ajuizado
nesta quarta-feira (14) e aguarda para ser analisado por um dos
ministros. A qualquer momento, o relator pode dar uma decisão concedendo
ou não a suspensão. No pedido, o advogado Fernando Costa Oliveira
Magalhães diz que uma súmula do STF está sendo descumprida porque a
juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues negou acesso da defesa às
gravações. Ele pede a suspensão do júri até que a defesa de Bola consiga
ouvir estas mídias. Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza
Samudio deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o
atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da
jovem, em Mato Grosso do Sul. Segundo a polícia, Eliza teria sito morta
no início de junho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Polícia
Civil indiciou Bruno e mais oito envolvidos no desaparecimento e morte
da jovem. A Justiça de Minas Gerais aceitou a denúncia do Ministério
Público em agosto de 2010. O corpo de Eliza não foi encontrado.