Folha de S.Paulo – Ítalo Nogueira
Marco Aurélio Vitale, (Foto) por sete anos diretor comercial do grupo empresarial de Jonas Suassuna, disse em entrevista à Folha
que firmas foram usadas como fachada para receber recursos da Oi
direcionados a Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, e
seus sócios.
De acordo com ele, o Grupo Gol –que atua nas áreas editorial
e de tecnologia e não tem relação com a companhia aérea de mesmo nome–
mantinha contratos "sem lógica comercial" tendo como único objetivo
injetar recursos da empresa de telefonia nas firmas de Suassuna. "A Gol conseguiu um tratamento que não existe dentro da operadora", afirma.
As empresas de Suassuna receberam R$ 66,4 milhões da Oi entre 2004 e 2016, segundo relatório da PF. O
empresário é dono de metade do sítio em Atibaia (SP) atribuído a Lula.
No terreno de sua propriedade não houve reformas –só a instalação de uma
cerca– o que o livrou de ser denunciado pelo Ministério Público
Federal.
Suassuna
iniciou a relação comercial com a família de Lula em 2007, quando se
tornou sócio da Gamecorp, de Lulinha, Kalil Bittar (irmão de Fernando
Bittar, dono da outra metade do sítio) e da Oi.
Vitale
falou à Folha após ser intimado pela Receita Federal, onde afirma ter
apontado irregularidades nas empresas. Ele diz não ter participado de
atos ilícitos e quer escrever um livro, cujo nome provisório é "Sócio do
filho".
Leia entrevista na íntegra clicando aí: Empresa de sócio de filho de Lula era fachada para a Oi, diz ex-diretor