O
MPF e o TCU determinaram que o Ministério da Saúde explique as razões
pelas quais insiste em melar o acordo entre Hemobrás e Shire
Farmacêutica Brasil para a produção do hemoderivado Fator VIII
recombinante. Os argumentos usados são “insuficientes” segundo o
tribunal, sobretudo porque a manobra pode decretar o fim da única
estatal que gerencia o plasma no País, onde o governo federal já
investiu R$ 2,1 bilhões.
Em
ofício ao ministro Ricardo Barros,(foto), o MPF deixa claro não ver
com bons olhos as tratativas para construir uma nova fábrica de
hemoderivados em Maringá (PR), pela Octopharma Brasil – “investigada em
diversos procedimentos apuratórios no Brasil e no exterior, como as
operações Marquês e O-Negativo”.
Enquanto
isso, ao contrário do que ocorre em muitos setores, de dispensa de
empregados na virada do ano para reposição no trimestre seguinte, na
indústria farmacêutica vem ocorrendo o contrário. Em 2016 e 2017, os
fabricantes de medicamentos contrataram menos trabalhadores do que
demitiram. Esse ano, o “déficit” foi de 702 vagas, na comparação
janeiro/junho (778 contratações) versus outubro/dezembro de 2016 (1.480
demissões). Agora, os empresários do setor falam em reversão no primeiro
trimestre de 2018 – de janeiro até julho as vendas subiram 11,84% (R$
32, 17 bilhões).