O
empresário Eike Batista, que prestou breve depoimento na última
segunda-feira (31) - durou apenas 13 minutos - está em fase adiantada de
sua delação premiada. Por isso mesmo, preferiu se manter calado na
maior parte das perguntas. A expectativa é de que os anexos de sua
delação sejam entregues aos procuradores da Lava Jato nos próximos dias.
A novidade em suas revelações - que deverão trazer os nomes do
ex-governador Sérgio Cabral e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
- deverá ser o ex-prefeito Eduardo Paes, segundo o colunista Lauro Jardim.
O
nome de Paes veio à tona no noticiário nesta semana, com a prisão do
seu ex-secretário de Obras Alexandre Pinto. Ele é acusado de participar
de esquema criminoso envolvendo o pagamento de propina em obras do BRT
Transcarioca e o do Programa de Despoluição da Bahia de Jacarepaguá.
Em
nota, Paes se apressou em afirmar que Alexandre Pinto era um servidor
de carreira da Prefeitura do Rio e que "a política não teve qualquer
relação com sua nomeação para a função de secretário de obras". Ainda
segundo a nota, caso sejam confirmadas as acusações, "será uma grande
decepção o resultado dessa investigação".
As
investigações não apontaram a atuação de Paes, mas o procurador da
República Sergio Pinel afirmou, após a prisão de Pinto, que foi
identificada uma conexão entre os supostos esquemas do ex-governador do
Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), e da Secretaria Municipal de Obras da
gestão do ex-prefeito. Um dos indícios seria a chamada "taxa de
oxigênio", termo usado para chamar a propina cobrada em obras públicas
nos dois esquemas.
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