domingo, 2 de julho de 2017

'Para mim foi legítima', diz Janot sobre escolha de Raquel Dodge como sua substituta na PGR



'Para mim foi legítima', diz Janot sobre escolha de Raquel Dodge como sua substituta na PGR


O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que a escolha do nome de Raquel Dodge como sua substituta foi legítima e representa um avanço institucional enorme apesar de seu favorito ser Nicolau Dino, o mais votado. "Participei de dois processos e integrei a lista em primeiro lugar. Nas minhas campanhas, eu disse que o primeiro nome da lista não é obrigatório. O importante é consolidar a lista. Isso ele (Temer) fez. É um avanço constitucional enorme. A lista é triplice. A escolha para mim foi legítima", disse ele. Durante palestra no 12º Congresso da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), em São Paulo, neste sábado (1º), Janot afirmou que vai manter o mesmo ritmo de trabalho até o dia 17 de setembro, quando então passará o bastão para Raquel Dodge, segunda mais votada na lista tríplice da Procuradoria. "Enquanto houver bambu, lá vai flecha. Até 17 de setembro a caneta está na minha mão. Dia 18 não está mais. Ainda bem. Vou continuar nesse ritmo que estou". Questionado sobre a rivalidade com a sua sucessora, ele afirmou que não a persegue e que suas divergências com ela são apenas de entendimento. "Dizem que a persigo, que sou inimigo. Não tenho nada contra a doutora Raquel. Temos diferença de entendimento. Tenho que ter flexibilidade para fazer acordo de delação. Caso contrário, não tem acordo", observou. O nome mais votado da lista da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) foi o do subprocurador-geral Nicolau Dino, com 621 votos. Raquel recebeu 587 votos.