O juiz Sergio Moro aceitou pedido da defesa e fará interrogatório
presencial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no próximo dia 13
de setembro. Moro havia sugerido que o depoimento fosse por
videoconferência, para economizar recursos, mas os advogados de Lula
contestaram.
O processo envolve suposto pagamento de propina feito pela Odebrecht
em favor de Lula decorrente de contratos da Petrobras com a empreiteira.
O ex-presidente é acusado de corrupção passiva e de lavagem de
dinheiro. Na mesma ação, o ex-ministro Antonio Palocci vai depor no dia 6
de setembro - ele é acusado de administrar a conta de propina da
empreiteira para o PT. O empresário Marcelo Odebrecht, delator do
esquema, falará no dia 4 de setembro.
O juiz havia dito que a videoconferência evitaria “gastos
indesejáveis de recursos públicos com medidas de segurança",
referindo-se ao aparato extraordinário montado pela Secretaria de
Segurança Pública do Paraná e pela Polícia Federal em 10 de maio, quando
ele e Lula ficaram pela primeira vez frente a frente — na ocasião, o
petista foi interrogado como réu na ação penal do caso do apartamento
tríplex do Guarujá. Uma multidão tomou as ruas de Curitiba para apoiar o
ex-presidente.
O advogado Cristiano Zanin Martins, que atua na defesa de Lula, disse
que o STF já “assentou a percepção de que a presença física não se
compara à virtual, dada a maior possibilidade de participação e o fato
de aquela ser, ao menos potencialmente, muito mais ampla”. Zanin afirmou
também que nenhuma alegação de “gastos desnecessários” se mostra
juridicamente válida para alterar a regra do interrogatório presencial
estabelecida na lei.
O defensor lembrou que Lula já prestou depoimentos presenciais em
outras ações em São Paulo, São Bernardo do Campo e Brasília e que apenas
o interrogatório ocorrido no caso do tríplex envolveu, por determinação
de Moro, excepcional aparato de segurança.
Nesta ação penal, a acusação aponta que parte das propinas pagas pela
Odebrecht foi lavada mediante a aquisição, em benefício do
ex-presidente, em setembro de 2010, de imóvel localizado em São Paulo
que seria usado para a instalação do Instituto Lula. A força-tarefa da
Lava Jato afirma que o acerto do pagamento da propina destinada ao
ex-presidente foi intermediado pelo ex-ministro Antonio Palocci, com o
auxílio de seu assessor Branislav Kontic. Palocci e Kontic mantinham
contato direto com Marcelo Odebrecht, auxiliado por Paulo Melo, a
respeito da instalação do espaço institucional pretendido pelo petista.
De acordo com os procuradores, foi repassada para o ex-presidente
cobertura contígua à sua residência em São Bernardo de Campo (SP). A
denúncia aponta que R$ 504 mil foram usados para comprar o apartamento
vizinho à cobertura de Lula.
O Globo
O juiz Sergio Moro aceitou pedido da defesa e fará interrogatório
presencial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no próximo dia 13
de setembro. Moro havia sugerido que o depoimento fosse por
videoconferência, para economizar recursos, mas os advogados de Lula
contestaram.
O processo envolve suposto pagamento de propina feito pela Odebrecht
em favor de Lula decorrente de contratos da Petrobras com a empreiteira.
O ex-presidente é acusado de corrupção passiva e de lavagem de
dinheiro. Na mesma ação, o ex-ministro Antonio Palocci vai depor no dia 6
de setembro - ele é acusado de administrar a conta de propina da
empreiteira para o PT. O empresário Marcelo Odebrecht, delator do
esquema, falará no dia 4 de setembro.
O juiz havia dito que a videoconferência evitaria “gastos
indesejáveis de recursos públicos com medidas de segurança",
referindo-se ao aparato extraordinário montado pela Secretaria de
Segurança Pública do Paraná e pela Polícia Federal em 10 de maio, quando
ele e Lula ficaram pela primeira vez frente a frente — na ocasião, o
petista foi interrogado como réu na ação penal do caso do apartamento
tríplex do Guarujá. Uma multidão tomou as ruas de Curitiba para apoiar o
ex-presidente.
O advogado Cristiano Zanin Martins, que atua na defesa de Lula, disse
que o STF já “assentou a percepção de que a presença física não se
compara à virtual, dada a maior possibilidade de participação e o fato
de aquela ser, ao menos potencialmente, muito mais ampla”. Zanin afirmou
também que nenhuma alegação de “gastos desnecessários” se mostra
juridicamente válida para alterar a regra do interrogatório presencial
estabelecida na lei.
O defensor lembrou que Lula já prestou depoimentos presenciais em
outras ações em São Paulo, São Bernardo do Campo e Brasília e que apenas
o interrogatório ocorrido no caso do tríplex envolveu, por determinação
de Moro, excepcional aparato de segurança.
Nesta ação penal, a acusação aponta que parte das propinas pagas pela
Odebrecht foi lavada mediante a aquisição, em benefício do
ex-presidente, em setembro de 2010, de imóvel localizado em São Paulo
que seria usado para a instalação do Instituto Lula. A força-tarefa da
Lava Jato afirma que o acerto do pagamento da propina destinada ao
ex-presidente foi intermediado pelo ex-ministro Antonio Palocci, com o
auxílio de seu assessor Branislav Kontic. Palocci e Kontic mantinham
contato direto com Marcelo Odebrecht, auxiliado por Paulo Melo, a
respeito da instalação do espaço institucional pretendido pelo petista.
De acordo com os procuradores, foi repassada para o ex-presidente
cobertura contígua à sua residência em São Bernardo de Campo (SP). A
denúncia aponta que R$ 504 mil foram usados para comprar o apartamento
vizinho à cobertura de Lula.