Para cumprir meta fiscal, governo estuda aumentar imposto sobre gasolina
Blog do Kennedy
Já
havia uma negociação antiga de deputados do PSB para ingressar no DEM,
mas ela estava em banho-maria. Quando cresceu a possibilidade de o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ocupar o Palácio do
Planalto, essa negociação voltou a ganhar força.
Temer soube e reagiu. Teve reunião hoje com o mesmo grupo do PSB e sinalizou com a possibilidade de filiação ao PMDB.
Na
avaliação de Temer, Maia teria conspirado tentado a virar presidente da
República. Na visão de Maia, Temer seria injusto, porque ele estaria
dando prova de lealdade.
Marcado
por iniciativa presidencial, o jantar desta terça em Brasília entre
Temer e Maia é uma forma de tentar apaziguar ânimos e espantar fantasmas
de ambas as partes.
Temer
estuda a possibilidade de aumentar um tributo que incide sobre o preço
da gasolina, como deseja o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A
tendência é elevar o imposto.
No
entanto, há um complicador político: em agosto, o governo deverá travar
batalha na Câmara para evitar que o Supremo Tribunal Federal analise a
denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente. Seria
hora ruim para anunciar mais uma medida impopular.
Sem
aumento de impostos, dificilmente o governo cumprirá a meta fiscal
deste ano, que já prevê um deficit de R$ 139 bilhões. Se não cumprir a
meta, a equipe econômica perderá credibilidade. E isso poderia ser pior
para o destino de Temer em meio à atual crise política.