O
primeiro vice-presidente peruano, Martín Vizcarra, assegurou neste
sábado que a empreiteira Odebrecht não pode continuar trabalhando no
Peru por estar envolvida em casos de corrupção de funcionários de alto
escalão, incluindo ex-presidentes.
“A
Odebrecht, uma empresa que claramente cometeu atos de corrupção, não
pode continuar trabalhando no Peru. Tem que sair e assim está
estabelecido nas leis”, disse Vizcarra à rádio RPP.
“Qualquer
empresa que tenha demonstrado atos de corrupção não pode trabalhar (no
país). Empresa corrupta não pode trabalhar no Estado”, assinalou
firmemente Vizcarra.
O
vice-presidente considerou que o governo deve mostrar uma atitude
sincera de luta contra a corrupção para recuperar a confiança da
população.
Em
janeiro, o governo peruano promulgou uma lei que proíbe a contratação
de empresas cujos membros tenham sido condenados por crimes de corrupção
como suborno, lavagem de dinheiro, mineração ilegal, crime organizado e
terrorismo.
A
Odebrecht admitiu ter pago 29 milhões de dólares no Peru para ganhar a
licitação de obras públicas entre 2005-2014, período que compreende os
governos de Alejandro Toledo, Alan García e Ollanta Humala.