Geddel
Vieira Lima (PMDB-BA) será personagem principal de um dos anexos que
executivos da JBS começam a entregar nesta semana à PGR (Procuradoria
Geral da República) como complementação de seu acordo de delação
premiada. O ex-ministro teria discutido com a empresa um projeto de
anistia ao caixa dois.
O
diretor jurídico da empresa, Francisco de Assis e Silva, diz no anexo
que esteve várias vezes com Geddel em Brasília e chegou a entregar a ele
o rascunho de um projeto de lei prevendo a anistia, o que livraria
vários políticos de punição. Pelo texto, o caixa dois seria tratado como
os crimes tributários -que, ao serem confessados, deixam de ser
penalizados.
No
ano passado, Geddel foi um dos primeiros políticos a vir a público
defender abertamente a anistia ao caixa dois. Ele ainda era ministro da
Secretaria de Governo de Michel Temer. O peemedebista, no entanto,
sempre negou ter a intenção de querer "melar" a Lava Jato.