Aécio: tentativa de acordo esbarra em Alckmin (Pedro Ladeira/Folhapress)
Veja - Coluna Holofote
Aécio Neves (MG), enfim, pediu que um aliado fizesse chegar ao colega de Senado Tasso Jereissati (CE),
interino na cadeira, que pretende deixar a presidência do PSDB em
agosto, numa negociação pacificada, quando o Congresso retomará suas
atividades com uma agenda com potencial explosivo ao governo Michel Temer.
O
principal argumento é que Tasso não enfrentaria constrangimento em
anunciar o desembarque oficial da sigla da gestão Temer caso o
presidente sobreviva à votação da denúncia da Procuradoria-Geral da
República, na semana que vem, no plenário da Câmara.
A saída de Aécio do posto tem o aval de José Serra, do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e, há semanas, é opinião majoritária nas bancadas da Câmara e do Senado.
Um entrave impede o fim da novela: o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin,
não quer Tasso à frente do partido dada a proximidade do calendário
eleitoral de 2018. Alckmin tem péssima memória da última passagem de
Tasso pelo comando da legenda, especialmente o ano de 2006, quando
concorreu à Presidência da República. Avalia que o colega jogou contra
sua candidatura ao Palácio do Planalto e repetiria a dose agora. Segundo
aliados, acha que Tasso faria campanha interna por Serra. Alckmin quer o governador de Goiás, Marconi Perillo, à frente do PSDB. A novela tucana não tem — nunca teve — fim.