Foto: Difusión
O ex-presidente do Peru, Ollanta Humala, e sua esposa, Nadine
Heredia, foram presos na noite desta quinta-feira (13). Após um juiz
decretar 18 meses de prisão preventiva para o casal, eles se entregaram
ao Tribunal Penal Nacional do país. Os dois são acusados de lavagem de
dinheiro, relacionada a doações irregulares da Odebrecht para a campanha
presidencial de 2011. Segundo informações do G1, ao requerer a prisão, o
promotor Germán Juárez apontou que o casal deveria ser preso antes do
julgamento para evitar que eles fugissem ou interferissem na
investigação. Juárez usou como base os depoimentos do ex-presidente da
empreiteira, Marcelo Odebrecht. Ele contou ter entregado US$ 3 milhões
para a campanha de Humala e que esse "apoio" foi a pedido do PT.
Responsável pelas denúncias de pagamento de propinas no Peru pela
empreiteira, o juiz Richard Concepción acatou o pedido. "Uma ordem
internacional de captura imediata foi emitida", apontou o magistrado. Em
sua defesa, o ex-presidente usou o Twitter para reclamar da decisão. "É
a confirmação do abuso do poder, que nós faremos frente, em defesa dos
nossos direitos e dos direitos de todos", compartilhou na rede social.
Humala não é o primeiro ex-presidente do país a ser preso. Em fevereiro,
o mesmo juiz determinou a prisão de Alejandro Toledo, que governou o
Peru de 2001 a 2006. Ele é suspeito de receber US$ 20 milhões em propina
da Odebrecht.