O número de empresas abertas entre janeiro
e setembro deste ano aumentou 1,3%, somando 1.542.967 de novas
companhias. Foi a maior quantidade já registrada desde 2010, segundo o
Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas. Apesar de ter
atingido um recorde no período, em setembro último comparado a igual mês
do ano passado, houve retração de 6% com o surgimento de 162,9 mil
empresas.
Na avaliação dos economistas da Serasa
Experian, o crescimento do desemprego é que está estimulando o
empreendedorismo. “Pessoas que perderam seus empregos estão abrindo
novas empresas visando alguma renda dadas as dificuldades econômicas
atuais”, diz a nota técnica da Serasa.
A maior parte dos registros (79,1%) são de
Microempreendedores Individuais (MEIs) que, em 2010, representavam
menos da metade (45,9%). Segundo a pesquisa, a crescente formalização
dos negócios no Brasil é responsável pelo aumento constante dos MEIs.
Nos nove primeiros meses deste ano, este gênero cresceu 5,3%, atingindo
1.159.388 novas ações.
Em relação às Sociedades Limitadas, foram
criadas 133.340 unidades, 12,9% abaixo do mesmo período do ano passado.
Também diminuiu em 22,1% o surgimento de Empresas Individuais em um
total de 101.498 novos negócios. Já as novas empresas de outras
naturezas cresceram 9,1% (87.600).
Entre os segmentos que mais cresce está o
de prestação de serviços com uma participação de 62,9% e um total
acumulado até setembro de 970.664 novas empresas. Neste setor, segundo a
Serasa, o crescimento tem sido constante desde 2010 quando era 53% do
total de empresas criadas.
O segundo maior interesse em empreender é
no ramo comercial (439.487 empresas e 28,5% do total). Neste caso, caiu a
participação em comparação a 2010 (35,6%). Em terceiro lugar na lista
de atratividade para empreender aparece a área industrial (128.474
empresas e 8,3% do total).