As Professores Luzia França que é coordenadora do núcleo da APLB –
Sindicato, em Curaçá, juntamente com Iracema Martins, Genilda Bahia e o
professor Cléber Ferreira da Silva, participaram na tarde de ontem (07),
do programa Revista da Cidade/Waltermário Pimentel e falaram do descaso
por parte do prefeito Carlos Brandão, o popular Carlinhos (PP). Segundo
eles, o prefeito sumiu da cidade e não pagou os salários da categoria.
Em defesa da categoria, o Diretor Regional da APLB, Gilmar Nery,
afirmou que a entidade irá tomar novas medidas para tentar ajudar os
servidores: “É um descaso o que vem acontecendo em Curaçá, este
prefeito não tem nenhum compromisso com a administração pública”,
afirmou.
Luzia França Dantas
A coordenadora Luzia França
falou que os professores durante o ano de 2016 realizaram diversas
manifestação e paralisações das atividades devido à falta de pagamento
dos salários e nada foi resolvido. “Os professores estão com os salários
do mês de novembro atrasados e não está sendo feito o transporte dos
estudantes que moram no interior do município. Além disso, os
educadores não sabem quando irão receber o salário do mês de dezembro e o
décimo terceiro salário. Essa é a primeira vez, nos últimos 18 anos,
que a Educação de Curaçá entra em colapso”, informou.
Ela
atribuiu o fato a má administração, o que prejudicou bastante o alunado
do município. “Chegar ao final de ano letivo e ninguém sabe como ficará a
situação dos alunos. Carlinhos abandonou o município, não conseguimos
localizar ele de jeito nenhum, a situação da educação em Curaçá perdeu
todo o controle. Eu sou concursada há 18 anos e nunca vi a educação de
Curaçá passar por uma situação complicada como essa. Não existe
transparências e a atual gestão não transmite que está buscando solução
para o problema”, lamenta Luzia.
Ano letivo perdido
Ela
disse ainda que a conclusão do ano letivo de 2016 em Curaçá ainda está
em discussão. “80% dos alunos estão sem frequentar as aulas, pois o
transporte escolar está suspenso. O ano letivo não será encerrado em
2016 e o calendário do ano de 2017 pode sofrer modificações. Estamos na
sala de aula, mas os alunos não frequentam por falta de transporte. Nós
não sabemos que medidas o município vai tomar nesses últimos dias de
2016 e temos o indicativo de ser cancelado o ano letivo”, declarou
Luzia.
Segundo o sindicalista, a lentidão da justiça possibilitou
o desvio de recursos por parte do gestor que deveria pagar os salários
dos professores
Bloqueio de repasses feito com atraso pela justiça
Sobre o bloqueio do dinheiro do FUNDEB, o Diretor da APLB, Gilmar Nery
disse que o recurso foi desviado, e que a justiça foi lenta em ter agido
tardiamente no bloqueio dos recursos. “Nós procuramos a Justiça e o
Ministério Público e infelizmente só agora no final do governo que as
contas foram bloqueadas. Quando o dinheiro foi bloqueado houve uma
dificuldade enorme para entregar a notificação ao prefeito, e um dia
antes do bloqueio o dinheiro foi retirado e só tinha R$ 400 mil com
alegação de que transferiram do Fundeb para a conta do FPM para pagar o
INSS e que o recurso da repatriação foi utilizado para pagar
fornecedores”, lamentou.
Gilmar disse ainda que a APLB vai pedir a
prisão do prefeito. “A APLB vai se reunir para discutir as medidas que
serão tomadas, inclusive vamos pedir a prisão do prefeito.”
A reportagem do AP tentou contato com o prefeito Carlinhos Brandão e não conseguiu.
O post Curaçá: Prefeito foge, professores sem dinheiro e estudantes com
o ano letivo praticamente perdido (Fonte: Jornal Ação
Popular)