quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

CURAÇA: PREFEITO FOGE, DEIXA DE PAGAR OS PROFESSORES E OS ESTUDANTES COM O ANO LETIVO PRATICAMENTE PERDIDO



As Professores Luzia França que é coordenadora do núcleo da APLB – Sindicato, em Curaçá, juntamente com Iracema Martins, Genilda Bahia e o professor Cléber Ferreira da Silva, participaram na tarde de ontem (07), do programa Revista da Cidade/Waltermário Pimentel e falaram do descaso por parte do prefeito Carlos Brandão, o popular Carlinhos (PP). Segundo eles, o prefeito sumiu da cidade e não pagou os salários da categoria.
Em defesa da categoria, o Diretor Regional da APLB, Gilmar Nery, afirmou que a entidade irá tomar novas medidas para tentar ajudar os servidores: “É um descaso o que vem acontecendo em Curaçá, este prefeito não tem nenhum compromisso com a administração pública”, afirmou.
Luzia França Dantas
A coordenadora Luzia França falou que os professores durante o ano de 2016 realizaram diversas manifestação e paralisações das atividades devido à falta de pagamento dos salários e nada foi resolvido. “Os professores estão com os salários do mês de novembro atrasados e não está sendo feito o transporte dos estudantes que moram no interior do município. Além disso, os educadores não sabem quando irão receber o salário do mês de dezembro e o décimo terceiro salário. Essa é a primeira vez, nos últimos 18 anos, que a Educação de Curaçá entra em colapso”, informou.
Ela atribuiu o fato a má administração, o que prejudicou bastante o alunado do município. “Chegar ao final de ano letivo e ninguém sabe como ficará a situação dos alunos. Carlinhos abandonou o município, não conseguimos localizar ele de jeito nenhum, a situação da educação em Curaçá perdeu todo o controle. Eu sou concursada há 18 anos e nunca vi a educação de Curaçá passar por uma situação complicada como essa. Não existe transparências e a atual gestão não transmite que está buscando solução para o problema”, lamenta Luzia.
Ano letivo perdido
Ela disse ainda que a conclusão do ano letivo de 2016 em Curaçá ainda está em discussão. “80% dos alunos estão sem frequentar as aulas, pois o transporte escolar está suspenso. O ano letivo não será encerrado em 2016 e o calendário do ano de 2017 pode sofrer modificações. Estamos na sala de aula, mas os alunos não frequentam por falta de transporte. Nós não sabemos que medidas o município vai tomar nesses últimos dias de 2016 e temos o indicativo de ser cancelado o ano letivo”, declarou Luzia.
Segundo o sindicalista, a lentidão da justiça possibilitou o desvio de recursos por parte do gestor que deveria pagar os salários dos professores
Bloqueio de repasses feito com atraso pela justiça
Sobre o bloqueio do dinheiro do FUNDEB, o Diretor da APLB, Gilmar Nery disse que o recurso foi desviado, e que a justiça foi lenta em ter agido tardiamente no bloqueio dos recursos. “Nós procuramos a Justiça e o Ministério Público e infelizmente só agora no final do governo que as contas foram bloqueadas. Quando o dinheiro foi bloqueado houve uma dificuldade enorme para entregar a notificação ao prefeito, e um dia antes do bloqueio o dinheiro foi retirado e só tinha R$ 400 mil com alegação de que transferiram do Fundeb para a conta do FPM para pagar o INSS e que o recurso da repatriação foi utilizado para pagar fornecedores”, lamentou.
Gilmar disse ainda que a APLB vai pedir a prisão do prefeito. “A APLB vai se reunir para discutir as medidas que serão tomadas, inclusive vamos pedir a prisão do prefeito.”
A reportagem do AP tentou contato com o prefeito Carlinhos Brandão e não conseguiu.
O post Curaçá: Prefeito foge, professores sem dinheiro e estudantes com o ano letivo praticamente perdido (Fonte: Jornal Ação Popular)