O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) foi indiciado
pela Polícia Federal no âmbito da Operação Lava Jato, após conclusão do
inquérito nesta terça-feira (13). Carlos Emanuel de Carvalho Miranda,
sócio do peemedebista, e Wilson Carlos Cordeiro da Silva Carvalho,
considerado o "braço direito" do ex-governador, também foram indiciados
pela PF. De acordo com a investigação, os três teriam sido beneficiados
com pagamentos de vantagens indevidas a partir de um contrato da
Petrobras com Consórcio Terraplanagem Comperf, formado pelas empresas
Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão. O contrato foi celebrado
em 2008 no valor de R$ 819,8 milhões, mas por causa dos aditivos passou a
custar R$ 1.179.845.319,30. "Apesar da dificuldade no rastreamento de
movimentações em espécie, foi possível identificar inúmeros pagamentos
realizados em espécie por pessoas relacionadas a Sérgio Cabral", diz
trecho do indiciamento, de acordo com o G1. A partir da investigação e
de informações de delação premiada, o delegado Márcio Adriano Ancelmo,
que assina o indiciamento, menciona pagamento de R$ 2,7 milhões a
Cabral. O ex-governador está preso desde 17 de novembro, em ação
coordenada pela Lava Jato do Rio de Janeiro e a do Paraná, na Operação
Calicute.