Foto: Bernardo Hélio / Câmara dos Deputados
Funcionário do marqueteiro Duda Mendonça, responsável pela campanha
do PT em 2002, José Eugênio de Jesus Neto teve depoimento marcado pela
Polícia Federal para o próximo dia 21. Ele foi alvo de mandado de
condução coercitiva na 35ª fase da Operação Lava Jato, na qual o
ex-ministro Antônio Palocci foi preso, mas estava fora do país. Segundo
informações do jornal O Globo, foi cumprido apenas mandado de busca e
apreensão na residência dele. De acordo com seu advogado, Ernesto
Piovesan, José Eugênio é diretor financeiro de duas agências de
publicidade de Mendonça em Portugal e na Polônia, e não atua com
marketing político. O advogado afirma que desconhece motivos para seu
cliente ser investigado e relacionado às operações da Odebrecht. “O
hotel que consta na planilha ficava na frente da agência de Duda
Mendonça e José Eugênio fazia reservas para clientes e reuniões no
local. O próprio Duda, que não morava em São Paulo, se hospedava ali. O
nome dele pode ter aparecido por conta disso. Por isso, meu cliente não
tem muito o que falar”, afirmou. Em 2013, José Eugênio já havia sido
alvo da Operação Jampa, que apurou desvios de dinheiro de um programa
que oferecia internet a moradores de João Pessoa. A PF afirmou que o
programa foi criado para desviar dinheiro público e que os recursos
teriam sido usados para pagar despesas de campanha de 2010 do governador
da Paraíba Ricardo Coutinho, do PSB, e do vice, Rômulo Gouveia, do PSD.
Duda Mendonça atuou como marqueteiro da campanha.