Lula vem estudando há algum tempo a hipótese de se colocar mais claramente como pré-candidato à Presidência da República, revela Mônica Bergamo, na sua coluna da Folha de S.Paulo dest quinta-feira. Segundo a colunista, o ex-presidente
já discutiu o assunto com lideranças do PT e com interlocutores que o
ajudam a analisar o quadro político. Há argumentos para que ele entre em
campo e outros contrários à iniciativa. Mônica detalha mais:
O
próprio Lula, de acordo com esses interlocutores, teria receio de virar
um alvo ainda maior "da oposição e da mídia". E também de enfraquecer a
autoridade da presidente Dilma Rousseff.
Os
que defendem que ele se lance pré-candidato argumentam que Lula já é
alvo tanto de parte da mídia quanto da oposição, justamente pela certeza
que os adversários têm de que ele concorrerá à sucessão de Dilma em
2018. Ou seja, o ex-presidente tem o ônus de ser candidato –está sempre
na mira–, mas não tem o bônus, que seria viajar o país "vendendo
esperança", diz um petista.
Já
sobre a possibilidade de uma pré-candidatura atrapalhar Dilma,
interlocutores dizem que não há como enfraquecer um governo que já se
mostra muito fragilizado. Ou seja, pior do que está não fica. "Ele é
muito mais cuidadoso com a Dilma do que ela com ele", afirma um lulista
que já participou dos debates no Instituto Lula.
Lula
já ensaiou avançar algumas casas quando deu entrevista a uma rádio de
Minas Gerais, há cerca de um mês. "Se for necessário, eu vou para a
disputa", afirmou.