A Suíça congelou perto de US$ 5 milhões em ativos em
nome do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e de seus
parentes. Uma auditoria interna do banco que guarda esses valores, cuja
identificação não foi divulgada, foi responsável pelo informe que levou à
abertura de ação criminal no país europeu por suspeita de lavagem de
dinheiro. Essa investigação foi enviada ontem pelo Ministério Público
suíço à Procuradoria-Geral da República no Brasil.
A instituição financeira entregou aos procuradores da Suíça, em abril
de 2015, um informe em que apontava para as irregularidades e fazia
duas constatações: Cunha havia criado uma estrutura para tentar esconder
seu nome da conta e a renda movimentada era muito superior ao que o
peemedebista havia declaro como salário.
O alerta deu um início a uma investigação formal, que resultou em um
congelamento dos ativos de Cunha e de parentes em diversas contas. "O
Escritório do Procurador-Geral da Suíça confirma que abriu um processo
criminal contra Eduardo Cunha sob a base de suspeita de lavagem de
dinheiro, ampliando em sequência para corrupção passiva", indicou o MP
suíço.
"Em abril de 2015, a Procuradoria recebeu um informe de lavagem de
dinheiro por um banco suíço", confirmou o escritório do procurador
Michael Lauber.