Os
protestos em São Paulo a favor do impeachment da presidente Dilma
Rousseff marcados para o próximo domingo (16) ficarão concentrados na
avenida Paulista e não devem sair do lugar, segundo acordo firmado entre
os organizadores e a Polícia Militar na manhã desta terça-feira (12).
Segundo
os organizadores, haverá cerca de dez carros de som de diferentes
grupos distribuídos pela avenida Paulista, no trecho que vai da rua
Augusta até o prédio da Gazeta.
Os
carros se encontrarão até as 11h30 da manhã na Praça Charles Miller, no
Pacaembu, onde passarão por vistoria da PM. De lá, sairão em comboio
até a avenida Paulista.
Os protestos começarão oficialmente às 13h. Devem ir até as 19h.
Entre os grupos que terão carros de som no local estão o MBL (Movimento Brasil Livre), o Vem pra Rua e o Revoltados Online.
A
Força Sindical deverá mandar dois carros. Mas o deputado federal
Paulinho da Força (SD-SP) diz que não se trata de uma participação
institucional da entidade. "A maioria da Força estará lá. Mas, como
entidade, não dá para dizer que vai [apoiar o protesto], pois tem gente
favorável ao PT". No protesto do dia 15 de março, o maior até agora,
Paulinho foi vaiado ao tentar discursar num carro de som da central.
Grupos
que defendem uma intervenção militar para derrubar Dilma, caso do UND
(União Nacionalista Democrática) e do Pátria Amada Brasil, também
deverão levar seus carros de som no domingo.
"Somos
a favor da intervenção militar constitucional para fazer uma limpeza
geral e reestabelecer as instituições que foram tomadas pelo crime",
afirma Otto Colominas, vice-presidente da UND. "É para limpar o país e
depois entregar o comando para os civis. Nós somos legalistas".