sexta-feira, 14 de agosto de 2015

NOVO CASO DE INTOLERÂNCIA RELIGIOSA EM JUAZEIRO

Em menos de dois meses, Juazeiro registra o segundo caso de Intolerância Religiosa. O primeiro caso foi anotado no início do mês de julho no bairro do Quidé na sede do Ilê Abasy de OiáGnã, fundado há 40 anos. O prédio do Ilê sofreu arrombamentos, apedrejamento, pichações e violação dos locais sagrados da fé da citada comunidade.
Um manifesto organizado pela Gerência de Diversidade da Secretaria de Desenvolvimento e Igualdade Social – SEDIS, em parceria com o Conselho Municipal de Promoção e Igualdade Racial – COMPIR mês passado repeliu novas ações contra a sede do Ilê Abasy de OiáGnã.
Na tarde desta quinta-feira (13), o músico e  Toy Vodunon do culto Vodum Mahi Delmiro Bitecourt, popular Xibiu, esteve na Rádio Transrio FM, programa Geraldo José, oportunidade em que publicamente colocou que desde o início deste mês ele e sua família estão sendo importunados por membros de um segmento evangélico intitulado Seminário Teológico Batista Nacional “SETEBAN” PE, extensão de Petrolina, ligado à Igreja Batista Missionária Nova Aliança.
“Em flagrante desrespeito à lei membros desta congregação religiosa estiveram me ameaçando, ameaçando a minha família e impondo um prazo para que nos retirássemos da comunidade da Lagoa-Salitre. O absurdo é que ainda é que por estarem ligados politicamente à Zó, diziam falar em nome do deputado” Frisou Xibiu.
Por telefone o deputado do PCdoB disse desconhecer o fato e que respeita todo e qualquer segmento religioso. “Não autorizei ninguém a usar ou falar em meu nome. Sou radicalmente contra a qualquer natureza de intolerância, especialmente a religiosa. Sugiro a Delmiro que os meios e os órgãos necessários para denunciar este caso”.
Na manhã desta quinta-feira uma audiência na delegacia da 17ª Coorpin ouviu as duas partes e foi aberto inquérito policial que deve resultar em processo na justiça.
“Não me intimido e vou a Assembleia Legislativa, à Câmara dos Deputados, Senado onde for possível para denunciar este absurdo” prometeu Delmiro que concluiu justificando que não procurou a Sedis – Secretaria de Desenvolvimento e Igualdade Social porque não acredita na gestão municipal.