A presidente Dilma Rousseff receberá, nesta terça-feira (11), a
cúpula do Poder Judiciário para um jantar no Palácio da Alvorada,
residência oficial da presidente. O mote do encontro são as comemorações
do Dia do Advogado, celebrado hoje, 11 de agosto, data da criação dos
cursos jurídicos no País. O encontro será um dia após Dilma reunir,
também em um jantar, senadores e líderes da base aliada numa tentativa
de reaproximar o Planalto do Senado e garantir a "governabilidade" da
presidente. Foram convidados os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal
(STF), além de presidentes de Tribunais Superiores, como o ministro
Dias Toffoli, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e o
ministro Francisco Falcão, presidente do Superior Tribunal de Justiça
(STJ). O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus
Vinícius Furtado Coêlho, também participa do encontro, assim como os
ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Luís Inácio Adams
(Advocacia-Geral da União), que costumam fazer a interlocução entre
Planalto e Judiciário. Desde que a investigação de parlamentares na
Operação Lava Jato - que inclui os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL)- chegou ao Supremo
Tribunal Federal, em março deste ano, as atenções da classe política se
voltaram ao Tribunal. As queixas de parlamentares investigados tem sido
feitas em público, na tribuna das casas legislativas, e também
reservadamente. Por parte do governo, a preocupação tem se voltado para
julgamentos do Supremo que podem custar caro aos cofres públicos. Quando
assumiu o Ministério da Fazenda, no início do ano, Joaquim Levy deu
início a um périplo por gabinetes dos ministros do STF. No TSE, Dilma
enfrenta duas ações de investigação eleitoral e um pedido de impugnação
de mandato que podem, no limite, gerar a cassação do diploma como
presidente da República.