O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), negou que esteja
trabalhando para fragilizar a presidente Dilma Rousseff com a abertura
de CPIs incômodas e votações de "pautas-bomba". "A tentativa de alguns
de me colocar como vilão das contas públicas por retaliação ao governo
não tem amparo na realidade dos fatos. Sei bem os riscos que sinais
equivocados podem causar na avaliação do grau de investimento do país e
não compactuo com isso. É preciso parar de especular e tratar as coisas
com mais seriedade", escreveu Cunha em sua conta no Twitter. "Tentar
esconder a real situação de fragilidade do governo sem base na Câmara me
culpando pelas suas derrotas é querer não enfrentar o problema. A
verdade nua e crua é que não existe base do governo", disparou o
deputado. Ele transferiu a responsabilidade por medidas como o reajuste
de salários de advogados, defensores públicos e delegados na semana
passada. "Presidente da Câmara não é o dono da Câmara e nem do voto dos
deputados", afirmou.